terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dogão - Dogão é Mau



Dogão - Dogão é Mau

Dogão chegou entrou em cena sem ter problema
As "cachorra" conhecem meu esquema
Elas gostam quando eu falo assim quando eu trato assim
Por isso elas querem dar pra mim
Meu estilo é de cachorro louco
Minha coleira é um cordão de ouro
Eu curto a vida e o que tem de bom
Passando devagar com a Harley Davidson
Tem uns mano que só paga pau
Mas não tem nada igual porque Dogão é mau
Na quebrada pá de vira-lata
Pra sair comigo sai até no tapa
Bem me quer, mal me quer, o Dogão te quer
Vem sobe e vamos fazer o que o Dogão quiser
Vou pra cima direto no pescoço
Sente o clima, prego até o osso

Uhu Dogão é mau,dogão é mau, au
Uhu Dogão é mau, dogão é mau au, au

Eu tô na boa mansinho na balada
Eu sou do tipo que morde não ladra
A Nega Ganja também tá na parada
Se tem gambé aqui não pega nada
Ganhando grana só rodando bolsa
Cadela solta usando pouca roupa
Dançando perto pra me provocar
Se tiver pedigree vamos ter que cruzar
Mó roubada tava acompanhada
Juntaram cinco pra me dar porrada
Paro e penso no que vou fazer
Mano Cabuloso aí cadê você?

T'to aqui t't'truta, qualé?
Tu s'se fudeu?

Chamaram ela de cadela e acham que fui eu
Segura a onda e pede a conta enquanto eu corro
Pra que ficar e apanhar que nem cachorro

Dogão é mau
Dogão é mau, au, au

Tô chegando, chegando cheguei
au au au hip how hip ei
Tô chegando, chegando cheguei
au au au hip how hip ei

au; au
how how
au au au, au au au
how how how
hip how hip ei
S's's's'sozinho na parada q'q'quase que eu entrei bem
Maior roubada do meu lado não tinha ninguém
Cadê a Nega? O Dogão? Ninguém vem
S'sou o Cabuloso, não s'sou o Superman

Eu to falando é assim o dia inteiro
Nega Ganja passa o "ligeiro"
E vem correndo pra cima do Dogão
Quem tiver no cio aí levanta a mão
Eu to ligado deve tá na mente
Vai mexendo o rabo e diz que tá contente
Dog do norte dog lá do sul
Aqui não entra poodle metido a pit Bull
Mano Cabuloso vamo!

Q'que t't'tá, tá pegando mano?

Nada eu tô caindo fora é o fim
Com essa cachorrada latindo atrás de mim

uhu Dogão é mau dogão é mau au
uhu Dogão é mau, au, au hip how
hip ei

Dogão - Banho e Tosa



Dogão - Banho e Tosa

Oh Oh Oh Oh Oh
Eu gosto quando você diz que gosta de mim
Oh Oh Oh Oh Oh
Eu sei que é mentira mas eu gosto assim

Eu nunca vi que nem você não tem cadela igual
Você me deixa babando e passando mal
Parece que passaram repelente : "Não encosta !!!"
Mas peraí, tenho certeza tenho o que cê gosta
Arrumo Limousine só pra dá um rolê aí
Te falo no ouvido aquilo que cê quer ouvir
Uma noite de Princesa, quem não quer passar
Eu tenho o que você precisa e pronto pra te dar

Refrão

Na mesa caviar no pano marca de batom
Teu beijo tem aquele gosto de Moët Chandon
Até o som que tá rolando fica sensual
Uma mistura de Tim Maia com Dogão é mau
Você tem que mi dá, e qui-mi-cá de tão cheirosa
No banho e tosa relaxando no ofurô de rosa
Agora vem deitar comigo, que pelo macio
Me arrepio quando você diz que tá no cio

Refrão

O que você quiser, você me pede vou te dar
Nadei o mar atrás de pérolas pro teu colar
Tenho certeza que isso aqui ninguém nunca te deu
O que você precisa é de um cachorro tipo Eu

sábado, 24 de novembro de 2007

Mv Bill - Testemunho



Créditos Especiais: CAMILA AGRA, Ana Cláudia, Ana Sophia, Eduardo Falbo, José Neto, Priscila Kettly, Rafael Bandeira, Rodrigo Câmara.
Música: [Mv Bill]

Mv Bill - Testemunho

Boca ressecada
Coração acelerado
Reflexo no espelho
Homem desesperado
Mais um drogado a noite inteira alucinado
Maltrapilho, abandonado, vivendo isolado
Si é que podia chamar isso de viver
Vegetava sem ver minha filha crescer
O amanhecer do dia me incomodava
Todo sujo nem me arrumava
Eu não me preocupava comigo
A maior parte do meu tempo vivia escondido
Porradão de dez, de cinco, de três
De dia trabalhava, a noite só mais um freguês
Dinheiro evaporava, débito no banco
A maior parte do salário virava pó branco
Constantemente minha patroa reclamava
Que eu cheirava todo dia e a tempo não a amava
Si esforçava, queria me ajudar
Mi jurava de abandono se eu não conseguisse mudar e voltar a ser um chefe de família
Dar atenção para minha mulher e carinho a minha família
A mesma que eu humilhei no dia que cheguei
Pancado eu peguei seu quadro e quebrei
Ou da vez que eu alarmei a favela
Acho que sujei o nome dela
Dei mole me tornei um cara infeliz
Meu raciocínio toda via, via meu nariz
Não pensei em quem estava ao meu redor
Transformei meus familiares em reféns do pó
Viciado, comecei ainda de menor
Junto com os amigos e fiquei simplesmente só
Mi entorpecia e me sentia mais potente
Depois sem potência em decadência virei dependente
Minha sogra levou meu nome pra igreja
Eu ficava no bar com conhaque e com cerveja
Tive a chance de uma vida normal
Com os amigos penetrei no caminho do mau
Desespero na cara, fila cheia
O sangue envenenado corria em minha veia
Quanto mais eu tinha, mais eu queria
Minha mulher não, não merecia
(EH) alias ninguém merece
Um cara como eu foi que do mundo se esquece
E entristece quem quer ver seu bem
Quando eu me transformava, não pensava em ninguém
Assim seguia, insistia a semana interira
Minha moral foi reduzida a poeira
Geladeira , bicicleta, televisão
Tudo pro nariz acompanhado de uma depressão
De que forma ser homem de verdade
Deixando meus parentes passarem por necessidades
Sem vaidade, grilado na mesa de bar
Cercado de mocinha querendo tecar
Sem pagar, ta ligado, isso compromete
Cafungar sem dindin custa um boquete
Putaria, sexo grupal
Fazendo sem vontade pra manter a minha pose de mau
Na real, cada dia mas sem graça
Foi numa dessas que levei gonorréia pra casa
Minha mulher gritava, como gritava
Eu me controlava, não tinha nem palavras
Derrota, onde meu rio deságua
Raiva passa, fica só a magoa
A vida corre e a ferida continuava aberta
Acordado a noite inteira com a mente sempre alerta
Endividado até o pescoço, vagando, só no osso
Perdi minha fama de bom moço
Família foi embora, depois do meu juízo
Só não perdia meu vicio, que sacrifício
Que sacrilégio, sem privilégio, tem parar
Bastava um copo de cerveja “preu” voltar
E me entregar que nem brinquedo na mão do palhaço
Por causa disso eu já vi gente levar um balasso
No meio lata, que violento
Minha pipa ta sem vento, sofrendo ao relento, morrendo
Se eu perdesse meu emprego ia ficar pior
Perdia a hora todo dia por causa do pó
Prometi varias vezes que ia parar
Mas tinha alguma coisa mas forte que vinha me buscar
Mi sufocava, me ensurdecia
Mi cegava, me acabava, me enlouquecia
Envelhecido no quarto escuro sem futuro
Minha cadeia era sem muro
Meu rosto traz a marca da noite mal dormida
Junto com as marcas das porradas que levei da vida
Processo de descida, passagem só de ida
Sem força pra montar a base que foi destruída
Sem valor, sem carinho e sem amor
Ser mais fraco que o vicio me fazia sentir mais dor
Não vejo rosto, não reconheço ninguém
Na multidão ouço uma voz dizendo amém
Era uma senhora de saia cumprida
Dizendo que o onipotente tinha planos pra minha vida
Mi apontando, foi se aproximando, gelei !



Levou a mão até a minha testa, ajoelhei !
Falou que a solução dos meus problemas era Jesus
A partir desse momento eu comecei enxergar uma luz
Tive esperança, fiquei otimista
De ser um homem livre e virar artista
Terça, quarta e sexta culto na igreja
Na primeira fila tava eu pedindo mais firmeza
Mais certeza, mais distância do abismo
A luta era constante contra a força do meu organismo
Mi tonteava, me deixava em alucinação
Os irmãos dizendo que aquilo era parte da provação
O inimigo me queria novamente
Escravizar minha matéria e dominar minha mente
Fui medicado, fui internado
Conversando com as paredes, numa clinica de viciado
Amarrado, injeção todo dia
Quem fugia apanhava e tomava banho de água fria
No dia a dia, lá se foi um mês sem cheirar
Fui visitado por um grupo chamado N.A.
Narcóticos Anônimos, alugaram um ônibus
Pra levar um grupo de pessoas como eu
Pra ver outros irmãos que eles ajudaram a vencer
Me apeguei a Cristo e fiz por merecer
Aquilo me afastava do circulo vicioso
Preenchendo cada vez mais o meu tempo ocioso
Entreguei meu coração ao poderoso
No meu dia de batismo deixei meu pai morto orgulhoso
De cara limpa, protestante, consciente
Podendo receber a alcunha de ex narcodependente
Eu que pensei que minha vida tava morta
Agora eu sei que Deus escreve certo por linhas tortas
Ter de volta minha família ao meu lado
A mutação da minha vida me deixou maravilhado
As reuniões com N.A. foram importantes
As ruas convidavam minha carne a todo instante
Parte do meu corpo ainda esta contaminado
Mas passo a impressão de totalmente recuperado
Bem arrumado, recuperei meu laço
Hoje a arma que eu carrego á a bíblia embaixo do braço
Fortalecer a corrente dos salvos
Ou enfraquecer a corrente dos fracos
Não me envergonho da minha história
Dou testemunho na igreja e palestra em escola
Toco a minha bola como se fosse o começo
Tive outra chance mesmo sem saber se eu mereço
Favela que eu entrava e ficava pancadão
Hoje eu entro pra fazer a corrente de libertação
Sem atenção, essa é minha missão


Convencer as outras pessoas a aceitarem a salvação
Gloria a Deus, aleluia, na paz do Senhor
Prego a palavra do Altíssimo que é o Salvador
Amor, louvor, fé, esperança
Puro como sorriso de uma criança
Com a liberdade no meu punho
Meu nome não importa
Esse foi meu testemunho

Foi a vida perdida
Espero te encontrar em outro lugar
Pois na vida bandida, são poucos que estendem a mão pra te ajudar
Foi querida, ferida, que Deus me ajude a te reencontrar

Só Deus Pode Me Julgar - Afroreggae e Mv Bill



Prêmio Multi Show De Música Brasileira 2004